O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) promoveu, no último dia 8, o workshop “Peixes-anuais e o licenciamento ambiental no Rio Grande do Sul”, no Parque Tecnológico de Pelotas. O evento foi realizado em parceria com prefeitura do município, por meio da Secretaria de Qualidade Ambiental e teve como palestrante o ecólogo Matheus Volcan, mestre em Aquicultura e doutor em Biodiversidade Animal.
Participaram do encontro gestores públicos da região, consultorias ambientais, estudantes universitários e voluntários locais. Entre os temas abordados, destacaram-se os avanços das pesquisas sobre os peixes-anuais e a importância de políticas públicas voltadas à conservação dessas espécies ameaçadas.
Popularmente conhecidos como peixes-anuais, essa espécie da família Rivulidae vive em áreas temporariamente alagadas, como várzeas, banhados e charcos, que permanecem com água por cerca de seis a oito meses ao ano – período em que ocorre sua reprodução. Com a estiagem, o ambiente seca, mas os ovos continuam no solo até o retorno das chuvas, quando então eclodem. O ciclo peculiar desses peixes é o que lhes confere seu nome popular.
Além de fomentar o conhecimento sobre o tema, o DNIT vem adotando medidas de mitigação e preservação dos rivulídeos. As ações seguem as diretrizes do Plano Básico Ambiental (PBA) das obras de duplicação da BR-116/RS (Guaíba – Pelotas) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Um exemplo importante desse trabalho foi o remanejamento de um charco nas proximidades do km 510 da rodovia, em Pelotas, onde foi registrada a espécie Gymnolebias jaegari. A atividade apresentou resultados positivos para a conservação.
